sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

UMA REUNIÃO ESTRITAMENTE FAMILIAR

A situação já estava insustentável. Há muitos dias que Jacó percebia que seu tio já não era o mesmo que o recebera tão efusivamente quando ele chegara e ao qual dera suas filhas como esposa. Seus primos também compartilhavam os mesmos sentimentos negativos do pai. Então Jacó percebeu que alguma atitude emergente deveria ser tomada. Foi aí que lá no campo, bem longe dos olhos do outro núcleo familiar, ele convocou uma reunião estritamente familiar. Para que seus intentos fossem adornados com sucesso ele precisava ter a certeza que suas esposas concordavam com ele, pois, do contrário, tudo iria por água abaixo. Jacó trouxe-as ao campo, longe dos olhos de seu pai e irmãos para que não houvesse interferência nos intentos dos preparativos para a mudança radical que iria se operar naquela família. Mas Jacó não estava tomando aquela decisão de forma deliberada. Ele já havia tido uma primeira reunião ainda mais estritamente familiar que esta que estava tendo agora com suas esposas. Ele havia tido uma conversa a sós com Deus. E o Senhor já havia lhe dado autorização para retornar “à terra de seus pais e à sua parentela” (Gênesis 31:1-4).

Assim sabemos que aquela jornada de retorno de Jacó foi divinamente autorizada, preparada e conduzida por Deus. Também que Jacó não saiu fazendo preparativos escondido de seu núcleo familiar. Respeitou suas mulheres colocando-as a par dos acontecimentos para, juntos, escolher o melhor caminho a seguir.

Uma reunião estritamente familiar. É disso que precisamos. Primeiro diariamente com Deus. Depois junto com aqueles que fazem parte de nosso núcleo familiar para traçar diretrizes para as decisões que precisam ser tomadas. Como vivemos em uma época de exarcebado individualismo assistimos a famílias inteiras se desintegrarem por não aceitarem mais incluir seus membros nos roteiros a ser traçados. Outro dia li em uma biografia de um grande empresário brasileiro que ele tinha a mania de tomar decisões sozinho sem aceitar interferência dos filhos, mas, que no entanto, quando as coisas não caminham para um desfecho de sucesso ele sempre recorria aos filhos para que estes o ajudassem a sair das dificuldades geradas daquelas situações mal conduzidas.


Houve uma reunião estritamente familiar no céu. Por isso hoje temos um Salvador para nos ajudar a virar nossas páginas, isto é, se nós assim o desejarmos.

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