terça-feira, 25 de outubro de 2016

ESPAÇO PARA TODOS


Em dia de exame da Ordem (Ordem dos Advogados da Bahia), a rua onde moro fica intransitável. Os concorrentes mais atrasados entram em desespero na busca por um espaço onde possam transformar em vaga pra colocar seus carros. E pensar que houve uma época em que só havia três carros nesta localidade. Havia espaço para correr, brincar, colocar cadeiras nas calçadas à tarde para conversar, ou até mesmo no centro da passagem em tempos de festa. Hoje disputa-se o mínimo espaço para tudo. Qualquer vão já serve para ajeitar motos ou bicicletas. 
Nas empresas acontece o mesmo. A cada dia aumenta assustadoramente o número de pessoas em busca de uma oferta de emprego. Buscam um espaço de trabalho, buscam um lugar ao sol...

 
Espaço para tudo  e para todos! Em todos os níveis e em todos os sentidos. Ainda mais em tempos de individualismo onde se busca, principalmente, a tal privacidade. Querem viver “cada qual no seu quadrado”, como se diz popularmente. E é aí então, que as coisas ficam mais difíceis. Já ouvi frases talvez dessemelhantes em suas construções, mas que no fundo expressavam a mesma intenção de seus autores: diziam que não estavam ali naquele lugar para fazer amigos e só para trabalhar, ou seja, pediam que por gentileza respeitassem isso e não invadissem seus espaços. O que com o tempo revelou-se impossível. Como conseguir isolar-se dentre os demais nesta aldeia global? Ah, temos os polos e as zonas desérticas da esfera terrestre, não é? Quem sabe lá...

Jesus não veio disputar espaço com ninguém, pois, seu espaço já estava reservado desde a fundação do mundo. Mesmo assim, quando chegou sua hora de passar pela TERRA ela já estava arregimentada com seus seres malignos para lhe impedir o momento solene do início de sua jornada. Quiseram até barganhar o espaço com Ele...


Mas é  confortável saber que, no virar de nossas páginas, temos um Deus Soberano e Majestoso que rege este mundo com sua destra fiel. Por onde temos certeza que sua palavra jamais cairá em terra e que por isso mesmo podemos confiar que onde quer que Ele reserve um espaço para nós, homem nenhum no mundo, por mais que se arregimente junto ao mal, terá poder de nos arrancar. Basta tão somente que não nos afastemos do Senhor dos espaços, seja qual for o “espaço” que esteja preparado para nós neste mundo. E assim podemos repetir com convicção: “Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido”.  42:2.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

“LUZES DA RIBALTA”


Em uma manhã de segunda-feira de agosto, muito fria para os padrões soteropolitanos, os termômetros acusavam 26 graus e um aguaceiro invadia a cidade desde a madrugada. Na verdade chovera a noite inteirinha. Ao olhar para o quadro ao lado de minha escrivaninha, minha agenda acusava um funeral. Um comparecimento a uma defesa de doutorado de um amigo saiu para que este ajuste de última hora entrasse. A vida é assim. Em meio à correria para os poucos e curtos dias de campanha que me restavam, faltavam apenas trinta e três dias para as eleições, e eu fiquei abismada com o poder de Deus em minha vida, pois ali ouvi testemunhos muito proveitosos para minha vida espiritual. Eu não sabia o que Ele me reservava, todavia,  com números suficientes ou não para me eleger, de alguma maneira, eu já me sentia vitoriosa. Ganhando ou perdendo eu sabia que “ganhar” ou “perder” depende muito de como os olhos espirituais vê e se comporta diante das circunstâncias da vida. E de uma coisa eu tinha certeza, pelo menos aquela correria não seria em vão.


Independentemente do resultado valeu para que eu estivesse presente nos mais diversos lugares para levar um alento ao cansado e àquele que pensava em desistir. Afinal, como diz uma conhecida mensagem, todos nós temos nossos de dias Josué e Calebe, prontos para guerrear as batalhas do Senhor, porém infelizmente, também, dias de Elias, quando o que mais queremos é uma caverna para nos esconder. Por isso naquela madrugada quando acordei para conversar com nosso Pai, a primeira coisa que me veio à mente foi pedir-lhe que não permitisse que aquela agenda repleta deixasse que as “luzes das ribaltas”, por onde eu vinha apresentando com palestras, ofuscassem o brilho dEle que há em mim. Também que realizasse o mesmo em todos os corações que se inclinam a Ele para louvá-lo e para se entregar ao seu dispor. Porque sabemos que estas luzes, se não vigiarmos, tem poder para isso. 

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

ELE NÃO FEZ POR QUE NÃO QUIS, MAS...


Tudo pronto para a largada. Primeiro dia útil após a liberação do CNPJ do Tribunal Regional Eleitoral. Conforme a lei, deveríamos realizar a abertura de duas contas. Uma seria para movimentar doações e trâmites financeiros para a campanha. A outra para movimentação do fundo partidário. No entanto, ouvi, de forma desdenhosa, o escriturário do banco responsável pelo procedimento dizer que “ele não estava ali para atender candidatos porque tinha mais o que fazer.” Mesmo eu quase lhe implorando que dez dias, conforme o prazo que ele me dera, seria perigoso, pois já passaria do tempo legal, ele sequer me olhou. Aconselharam-me a ir à outra agência. Lá também não houve acordo em me atender mais depressa. Mesmo assim deixei os papéis enquanto percebi que em seguida chegou outra colega de partido. Voltei no tal dia dez dias depois. Cheguei a tempo de ver a outra candidata já saindo com toda documentação já resolvida. Ele mentiu para mim que ela teria dado entrada antes. E o abuso continuava. No dia seguinte fui pela manhã com meu esposo e sentei-me de frente para ele que mais uma vez me ignorou. Perguntei-lhe pelas minhas contas e ele disse que quando ficassem prontas alguém iria me ligar para que eu fosse lá assinar. No dia seguinte mais um capítulo da novela: sentei-me novamente de frente para ele. Ele sorriu-me sarcasticamente e tornou a dizer que minhas contas ainda não estavam prontas porque ele tinha muita coisa o que fazer.

Só continuei porque mesmo que eu desistisse ali da candidatura eu teria que prestar contas à Justiça Eleitoral. Então eu tinha que ir até o fim.                                    

Clamei ao Senhor e fui para casa.  Levantei-me pela madrugada orei e disse ao meu Deus que, em confiança nEle, eu não retornaria naquele dia sem ver aquele problema resolvido. Fui a primeira a chegar ao banco. Ele me ignorou. Sai e fui à minha agência. Expliquei tudo ao gerente geral que me autorizou imediatamente a ir buscar minha papelada. Ao ver-me ele foi logo desdenhando:                                

- Eu não mandei a senhora passar o dia inteiro aqui não!                                          

Não lhe dei resposta. Exigi minha documentação que estava embaixo de todas as outras que chegara depois da minha (ele alegou que ia recomeçar a contar outros dez dias) e , em menos de uma hora depois, eu já estava de posse de minhas contas.     Aí eu lhe pergunto: Por que o seres  humanos são assim? O que ganham com tanta falta de respeito ao seu próximo. Ele não fez porque não quis, mas o meu Deus veio em meu auxílio, e fez tudo para mim, escolheu outra pessoa que quis ser usada para me servir. O mesmo Ele pode fazer com cada um que confie que, com Ele, é muito, mas é muito melhor mesmo, virar páginas. Com Ele não tem, do Gerente Geral ao mais simples colaborador de uma empresa, ser algum que Lhe impeça de fazer aquilo que Ele quer fazer com aqueles aos quais Ele chama de seus AMADOS. O bancário não fez por que não quis, mas, o meu Deus fez porque quis!