“LUZES DA
RIBALTA”
Em uma manhã de segunda-feira de agosto, muito fria para os
padrões soteropolitanos, os termômetros acusavam 26 graus e um aguaceiro
invadia a cidade desde a madrugada. Na verdade chovera a noite inteirinha. Ao
olhar para o quadro ao lado de minha escrivaninha, minha agenda acusava um
funeral. Um comparecimento a uma defesa de doutorado de um amigo saiu para que
este ajuste de última hora entrasse. A vida é assim. Em meio à correria para os
poucos e curtos dias de campanha que me restavam, faltavam apenas trinta e três
dias para as eleições, e eu fiquei abismada com o poder de Deus em minha vida,
pois ali ouvi testemunhos muito proveitosos para minha vida espiritual. Eu não
sabia o que Ele me reservava, todavia, com números suficientes ou não para me eleger,
de alguma maneira, eu já me sentia vitoriosa. Ganhando ou perdendo eu sabia que
“ganhar” ou “perder” depende muito de como os olhos espirituais vê e se
comporta diante das circunstâncias da vida. E de uma coisa eu tinha certeza,
pelo menos aquela correria não seria em vão.
Independentemente
do resultado valeu para que eu estivesse presente nos mais diversos lugares para
levar um alento ao cansado e àquele que pensava em desistir. Afinal, como diz
uma conhecida mensagem, todos nós temos nossos de dias Josué e Calebe, prontos
para guerrear as batalhas do Senhor, porém infelizmente, também, dias de Elias,
quando o que mais queremos é uma caverna para nos esconder. Por isso naquela
madrugada quando acordei para conversar com nosso Pai, a primeira coisa que me
veio à mente foi pedir-lhe que não permitisse que aquela agenda repleta
deixasse que as “luzes das ribaltas”, por onde eu vinha apresentando com palestras,
ofuscassem o brilho dEle que há em mim. Também que realizasse o mesmo em todos
os corações que se inclinam a Ele para louvá-lo e para se entregar ao seu
dispor. Porque sabemos que estas luzes, se não vigiarmos, tem poder para isso.

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