quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

PODE MUDAR O MUNDO...

E eis que eu pensei: Junior vai fazer dezessete anos. Vou levá-lo a São Paulo para ele ver como funciona uma grande metrópole. Qual não foi a minha surpresa ao vê-lo se locomover com mais desenvoltura do que eu que já nem sei contar a quantidade de vezes que eu estive aqui nesta cidade. Com o GPS do celular na mão ele acionava o aplicativo de transporte alternativo fazendo rapidamente as devidas comparações de preço do percurso e autorizando o serviço.  
O mundo mudou. E esses jovens com suas parafernálias tecnológicas em mãos nos colocam para trás em um abrir e fechar de olhos.
Daniel ficou estupefato com a descrição que o Senhor fez para ele sobre a multiplicação da ciência nos últimos tempos; Paulo falou de coisas celestiais presenciadas por olho humano que, mesmo que quisesse descrever, não haveria palavras na terra; Jesus fez tantas maravilhas na terra que João disse que não haveria livros suficientes no mundo para registrar...
Pois é! O mundo mudou e, ainda vai mudar muito e mais aceleradamente daqui para frente. Para acompanhar, enquanto estivermos por aqui, é melhor nos prepararmos espiritualmente porque esse desenvolvimento tem causado no homem uma inversão de valores jamais vista e, ao invés de agradecermos a Deus por esse crescimento, sentimo-nos, arrogantemente, despenseiros da sabedoria.
O mundo mudou. Então vamos virar nossas páginas pensando em uma coisa que pode nos trazer de volta da ingenuidade da nossa arrogância científica: continua tendo inverno e verão; continua tendo vida e morte com suas alegrias e tragédias intermitentes...

Então, pode mudar o mundo, mas, que não se mude o amor, pois todos nós ainda precisamos dele, e muito!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

AH! ENTÃO É ISSO?


Você olha um cartão postal e diz: um dia ainda vou conhecer esse lugar. Trabalha; se organiza, ou não, vamos ser sinceros, e vai. Bem,  chegada a ocasião, você se encontra nesse lugar. Então, por vezes, vem a decepção e você diz: Ah! Então é isso!

Infelizmente a vida também é assim. A maior parte dela nós gastamos enganando nossa mente, fingindo “necessidades” que só servem para alimentar hábitos e costumes que nos foram impostos por nossos antepassados, a depender do contexto cultural no qual crescemos, é claro. E assim você vai gastando seus melhores momentos e o fruto de suas jornadas cansativas de trabalho naquilo que não é pão (Vide Isaías 55:2: Por que investir dinheiro naquilo que não é alimento, e o seu trabalho árduo naquilo que não consegue produzir satisfação?).

Passei maior parte de minha vida trabalhando para alimentar o comércio no final de ano pelo costume que nos obrigava a gastar tudo o que havíamos amealhado com sacrifício naquele período em comidas, festas comemorativas e seus demais penduricalhos. Mas comecei a receber uma nova luz que foi despertada não só no âmbito da congregação em que frequento, mas do próprio mundo em geral onde pessoas, mesmo convivendo com práticas cristãs, já se conscientizaram e se despiram dessas alegorias.

Comecei não mais participando daqueles famigerados “amigos secretos”, que de secretos nada tinham, com pessoas trocando seus papeizinhos com os nomes sorteados até conseguirem chegar às que realmente lhes interessavam. Nada mais daquele mundo de comida que, depois, dá é trabalho para calar a consciência daqueles que não a jogam do lixo. Por final, ainda vem aquela bobagem inventada de cor de roupa específica para cada data com os ingênuos ainda comprando-as para “romper o ano” como se a cor do vestuário tivesse o real poder de mudar os destinos do ser humano, ou, mesmo, de toda a humanidade. Que modo mais bobo de virarmos nossas páginas de um ano para o outro...

Libertemo-nos, antes que seja tarde, porque aprendemos pela Palavra que: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará!” João 8:32.

  






sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

CONTINUAM INGÊNUOS



            De acordo com o Dicionário da Escravidão Negra no Brasil, de Clóvis Moura, ingênuo era a denominação oficial para o filho de escravo nascido após a Lei do Ventre Livre, promulgada em 1871. Estes seriam considerados livres. Mas, em  1888,  um político mineiro proferiu um discurso na Câmara de Deputados,  no qual chamava a atenção para o fato de que ao se criar e homologar a lei, ninguém havia pensado no que seria destes vulneráveis, já que seus pais poderiam ainda está sob a soberania de seus senhores. O que fazer destas crianças, livres, mas, de pais escravos? Ninguém  se preocupara com isso. Então o procedimento legal adotado era deixar que os filhos menores, livres, ficassem “em poder dos senhores de suas mães, os quais teriam obrigação de tratá-los até a idade de oito anos. Atingida essa idade o senhor (ou a mãe) teria a opção de receber do estado uma indenização de seiscentos mil reis ou utilizar-se dos serviços dos menores até atingir vinte e um anos completos. Daí cabia aos senhores darem-lhes o destino que achasse mais conveniente.” Já deu para imaginar o que ocorria então com esses ingênuos, não é?
                                                    
Quando leio este relato de Moura lembro-me de Êxodo:20. De como o Senhor pensou, em sua infinita sabedoria, em todos os detalhes ao promulgar sua Santa Lei. No Quarto mandamento então, Ele teve o cuidado de cercá-la de todo o “porém” que o homem no futuro quisesse discutir. Olha a profundidade:                         

Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra.

Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro, que está dentro das tuas portas.

Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou.
            
Antes que os espertos quisessem escravizar os de fora no dia do Sábado o Senhor tratou logo de proteger até os animais. Mas aqueles ingênuos ficaram mais desprotegidos depois,do que antes da lei. Que Deus nos poupe de virar páginas confiando em leis redigidas e sancionadas por homens. Viu?  

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

SOBRE PERFIS E HISTÓRICOS


Estranhei a programação que estava sendo oferecida para mim no meu dispositivo. Os filmes mais estranhos e bizarros. Nunca gostei de filmes de suspense. Não tenho coração para isso. Terror, então, nem pensar. Foi então que me lembrei: alguém em casa devia ter acessado o serviço de assinantes da provedora global de filmes e séries de televisão via Internet, no nosso caso, Netiflix. Segundo a Wikipédia, essa tecnologia está inserida na Computação em Nuvem e os dados de mídias são transmitidos para o usuário, que estão armazenados em servidores com computadores que possuem uma enorme capacidade de armazenamento. Esse sistema, ao cumprir sua utilidade, entregou o inadvertido que, se esquecera, de que hoje nada está oculto aos olhos do sistema global de informações.

Esse sistema já existia há milênios. Eles copiaram a ideia de meu Grande Amigo que o utiliza em seu contato conosco através dos tempos. Só que muito mais eficiente e completo porque Ele sabe da minha vida desde o meu primeiro pulsar. E isso o Google não sabe. Sabe o que penso e o que está “escondido” no limiar entre minhas palavras e minhas verdadeiras intenções. E isso vale também para os outros em relação a mim...

Talvez, alguns, ao ter acesso às nossas palavras ou ao histórico de nossas navegações na internet podem até pensar ter adentrado nas entranhas de nossas almas, mas, não duvidem, só Deus conhece o nosso caminhar. Só Ele consegue penetrar no âmago das nossas questões internas a ponto de resolvê-las de forma a não deixar dúvidas de foi Ele o autor da façanha.

Por mais que esses sistemas pensem nos conhecer, de vez em quando, derrapam em suas sugestões. Tanto é que por vezes fazem indicações de filmes dizendo está de acordo com nosso perfil, mas, que não tem nada a ver com o que realmente nos interessa. Eles erram! Nosso Deus não! No final dos acontecimentos é que entendemos...


Confie nisso e vire com fé e esperança no poder do Criador em 2017, 2018, 2019...

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

REESCRAVIZAÇÃO


Desde 1831 o tráfico de escravos era ilegal no Brasil1. Mesmo assim, em 1836 foram desembarcados 12.570 escravos na baía de Botafogo. Quando o Uruguai aboliu a escravidão, em 1842, proprietários brasileiros, das charqueadas próximas a Montevidéu, receberam ajuda de autoridades brasileiras para transportar 188 trabalhadores cativos para serem reescravizados na Província de Santa Catarina.

Na pesquisa de Fernanda Domingos Pinheiro2 podemos encontrar o registro sobre “Antônio Rodrigues, que vivia como escravo, mas na verdade, era um homem livre. Ao descobrir, foi para a Vila do Caeté, na capitania das Minas Gerais, e passou a morar em companhia de sua mãe nas Catas Altas, freguesia pertencente à cidade de Mariana”. Mas, no entanto, segundo a historiadora, foram quatro anos desfrutando da liberdade até que, em 1762, chegou uma notícia assustadora: seu ex-senhor mudara de ideia e tentava encontrá-lo para levá-lo de volta ao cativeiro”.

Vale a pena ler este relato e mais outros que ela descreve de vários casos de senhores de escravo que recebia o pagamento de padrinhos ou até do próprio escravo que trabalhava para pagar sua alforria e que depois os proprietários, fraudulentamente, conseguia roubar os documentos e alegava nunca ter alforriado o escravo ou escrava. “O fenômeno persistiu em todo o período escravista quando alforriados tornaram-se alvos de buscas e prisões marcadas por atos de violência, e muitos acabaram sendo vendidos a novos proprietários ou devolvidos à posse de antigos senhores”.

Assim dia o Senhor em II Pedro 2:20-22:  “Se, tendo escapado das contaminações do mundo por meio do conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, encontram-se novamente nelas enredados e por elas dominados, estão em pior estado do que no princípio. [...]Confirma-se neles que é verdadeiro o provérbio: "O cão voltou ao seu vômito: a porca lavada voltou a revolver-se na lama".

Na verdade, se ao mundo nos reentregarmos, viraremos nossas páginas reescravizados!