REESCRAVIZAÇÃO
Desde 1831 o
tráfico de escravos era ilegal no Brasil1. Mesmo assim, em 1836
foram desembarcados 12.570 escravos na baía de Botafogo. Quando o Uruguai
aboliu a escravidão, em 1842, proprietários brasileiros, das charqueadas
próximas a Montevidéu, receberam ajuda de autoridades brasileiras para
transportar 188 trabalhadores cativos para serem reescravizados na Província de
Santa Catarina.
Na pesquisa
de Fernanda Domingos Pinheiro2 podemos encontrar o registro sobre
“Antônio Rodrigues, que vivia como escravo, mas na verdade, era um homem livre.
Ao descobrir, foi para a Vila do Caeté, na capitania das Minas Gerais, e passou
a morar em companhia de sua mãe nas Catas Altas, freguesia pertencente à cidade
de Mariana”. Mas, no entanto, segundo a historiadora, foram quatro anos
desfrutando da liberdade até que, em 1762, chegou uma notícia assustadora: seu ex-senhor
mudara de ideia e tentava encontrá-lo para levá-lo de volta ao cativeiro”.
Vale a pena
ler este relato e mais outros que ela descreve de vários casos de senhores de
escravo que recebia o pagamento de padrinhos ou até do próprio escravo que
trabalhava para pagar sua alforria e que depois os proprietários,
fraudulentamente, conseguia roubar os documentos e alegava nunca ter alforriado
o escravo ou escrava. “O fenômeno persistiu em todo o período escravista quando
alforriados tornaram-se alvos de buscas e prisões marcadas por atos de
violência, e muitos acabaram sendo vendidos a novos proprietários ou devolvidos
à posse de antigos senhores”.
Assim dia o Senhor em II Pedro 2:20-22: “Se, tendo escapado das contaminações do mundo
por meio do conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, encontram-se
novamente nelas enredados e por elas dominados, estão em pior estado do que no
princípio. [...]Confirma-se
neles que é verdadeiro o provérbio: "O cão voltou ao seu vômito: a porca
lavada voltou a revolver-se na lama".
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