SE NÃO TEM,
A GENTE INVENTA
O rabino Uri
Lam contou as peripécias que enfrentou para convencer um cartório a registrar
sua filha com um nome desconhecido da nossa língua. Mas de tudo o que ele falou
o que achei mais interessante nada tinha a ver com algo que pudesse fazer parte
de um dicionário de nomes. Ele deixou claro naquele texto que, por falta de uma
cerimônia de circuncisão, como é feito no caso dos primogênitos, a nação
judaica desenvolveu outros rituais cerimoniais para festejar a chegada de uma
menina entre eles.
Na verdade,
inventaram, pois a Bíblia não registra nenhum tipo de cerimônia acerca desse lindo acontecimento. Mas ficamos felizes em
saber que as mulheres hoje são respeitadas e comandam a educação dos filhos
naquela comunidade. Maria já havia tomado esta atitude e, de tal forma, que
naquela situação em que Jesus se perdeu de seus pais, em Jerusalém, foi
encontrado dando um banho de sabedoria nos rabinos. Estes ficaram surpresos,
pois achavam que tais ensinamentos só deveriam ser providos por eles nas
sinagogas.
Fico feliz também
em ver homens torcerem pela chegada de uma menina em sua primeira experiência
de pai. Fato quase inexistente em outros tempos e que prevalece até hoje em
diversas culturas.
Pois é, bons
costumes, se não tem, a gente inventa. Então lutemos pelo surgimento e crescimento
dessas atitudes em relação à valorização das mulheres d(n)o mundo inteiro. Os
tempos são outros!

