domingo, 19 de fevereiro de 2017

SE NÃO TEM, A GENTE INVENTA

O rabino Uri Lam contou as peripécias que enfrentou para convencer um cartório a registrar sua filha com um nome desconhecido da nossa língua. Mas de tudo o que ele falou o que achei mais interessante nada tinha a ver com algo que pudesse fazer parte de um dicionário de nomes. Ele deixou claro naquele texto que, por falta de uma cerimônia de circuncisão, como é feito no caso dos primogênitos, a nação judaica desenvolveu outros rituais cerimoniais para festejar a chegada de uma menina entre eles.
Na verdade, inventaram, pois a Bíblia não registra nenhum tipo de cerimônia acerca desse  lindo acontecimento. Mas ficamos felizes em saber que as mulheres hoje são respeitadas e comandam a educação dos filhos naquela comunidade. Maria já havia tomado esta atitude e, de tal forma, que naquela situação em que Jesus se perdeu de seus pais, em Jerusalém, foi encontrado dando um banho de sabedoria nos rabinos. Estes ficaram surpresos, pois achavam que tais ensinamentos só deveriam ser providos por eles nas sinagogas.
Fico feliz também em ver homens torcerem pela chegada de uma menina em sua primeira experiência de pai. Fato quase inexistente em outros tempos e que prevalece até hoje em diversas culturas.

Pois é, bons costumes, se não tem, a gente inventa. Então lutemos pelo surgimento e crescimento dessas atitudes em relação à valorização das mulheres d(n)o mundo inteiro. Os tempos são outros!

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