DESISTO DO
“RABO DE MACACO”?
Desde a
primeira vez que a vi me encantei por ela. Não chego ater uma floresta em
casa,mas gosto de plantas. Meu caçula desdenha delas e diz não ver nenhuma
utilidade em tê-las dentro de casa. Esse povo nascido e criado em paisagens
tipicamente urbanas não entende alguém que passou os primeiros sete anos de sua
existência em uma casa arrodeada de árvores e plantas das mais variadas espécimes.
E foi assim que eu a conheci: um dia, ao visitar minha colega que ganhara bebê
vi-a a um canto de seu pequeno jardim. E ela me apresentou a beldade: chama-se
“Rabo de Macaco”. Antes de me despedir ganhei uma muda de presente e levei-a
para casa. Os dias se passaram e suas hastes floridas pendentes despediram-se
de mim para nunca mais se renovarem.
Esperei com
paciência outra florada que não veio. Cuidei, reguei, fofei a terra do vaso. Nada.
Fiquei amargurada. Passado uns dias perguntando-me por ela tive que me
desculpar com pesar e dizer a minha colega o fim trágico de minha carreira de botânica
amadora. Com paciência ele já repetiu mais duas vezes o presente. Por último me
trouxe uma maior e já “pegada” em um vaso maior e com raízes mais aprofundadas.
Acontece que a tal planta gosta de sol, mas não muito. gosta de água, mas
também não se pode encharcá-la. É cheia de mimos e exigências. Tenho que agradá-la,
e muito, para conseguir que ela desenvolva e fique comigo. Será que vou
persistir nesta jornada?
Não seria assim
que muitos de nós nos comportamos em nossa fé e no nosso relacionamento com
Deus. Fazemos um mundo de exigências e queremos um Deus solícito e disposto a
atender as nossas mínimas e máximas vontades. Do mundo a gente acaba se acostumando
e aceitando tudo. DEle, queremos fazer as mais estapafúrdias exigências. Do
contrário ficamos no canto, amuados e não queremos nem “conversa”. E assim nos
comportamos com o Senhor do mesmo jeito que eu estou na minha lida com meu
“Rabo de Macaco? Já pensou se Ele
desistisse assim tão facilmente de suas criaturas?!
Nós que viramos nossas páginas nos comportando como
plantinhas difíceis e teimosas, que, por mais que se regue e se cuide, nos
ressentimos, ressecamos, murchamos por qualquer motivo e por qualquer razão. Tudo
pode acontecer com os outros, menos conosco!

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