SEMPRE
ELE, O PASSADO!
Maria Teresa, rainha da Hungria, por herança, e imperatriz do Sacro Império Romano, mãe
também da famosa Maria Antonieta, escolhera a filha Josefa, de dezesseis anos,
para casar-se com Fernando de Nápoles. Era daqueles casamentos destinados a
selar alianças entre casas imperiais como era comum àquela época. Tudo pronto e
as bagagens já arrumadas para a longa viagem de núpcias e então, a imperatriz
Maria Teresa, insiste com a filha para visitar a cripta imperial onde um membro
da família que morrera de varíola havia sido sepultado. Mas o túmulo não estava
bem lacrado e dias depois, em meio às comemorações prévias às núpcias, Josefa apresentou
fortemente os sintomas da varíola vindo a falecer.
Para que revisitar o passado?
Para que uma visita tão mórbida em meio às comemorações de vida? Mas, nós seres
humanos temos essa mania de recorrer sempre ao passado. Todo mundo vivendo o
presente e, de repente, aparece alguém nos convencendo a fazer isto e aquilo em
nome do passado. Em nome da “velha e boa amizade” façamos tal coisa. E lá
estamos nós compactuando com tolices.
Existem inúmeros
casamentos que finalizaram por conta de seus pares fazerem sempre esse tipo de
visita desagradável em um retorno ao passado que deveria está enterrado no
mundo do esquecimento. Amizades perdidas, sonhos despedaçados, futuros
abortados... tudo por causa de viver longe do presente e revisitando o passado.
Vire suas páginas esquecendo suas dores, ou, então, aprenda a viver com elas a
uma distância segura contra o sofrimento. Eu sei do que estou falando...
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