quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Além do que os olhos podem ver!
     
Fiz esta imagem em um lugar considerado como detentor de um dos pores do sol mais bonito do mundo. Confesso que nunca fui muito de admirar pôr do sol. Somos ingratos em desconsiderar certos privilégios que muitos dariam tudo para ter quando isso faz parte do nosso dia a dia. E assim, lá estava eu em uma tarde sábado de agosto de 2017 em um evento no Farol da Barra.

Todos queixavam-se do frio enquanto outros gostavam porque não faríamos caminhada em meio a um sol escaldante. Alguns acharam que o dia não tinha nada de bonito para se ver. Isto porque o sol se despedia precipitadamente e, às cinco da tarde, nuvens negras tomaram conta do céu naquele local. Quando preparei a máquina para fotografar o fenômeno alguém me disse: “Tá tirando foto do que? Só estou vendo escuridão e uma fresta de luz pálida! ”.                                                                      
Meus olhos também enxergaram o mesmo que aquela pessoa. Mas eu sabia que a máquina captaria aqueles fiapos de luz e, finalmente, me retornaria com imagens além do que os nossos olhos podiam ver.

Fotografia é uma arte que exige que você enxergue o foco com a alma. Do contrário você pode desprezar riquezas que podem passar despercebidas. Porque a beleza da vida está além do que os olhos podem ver. E foi assim que eu consegui captar, através das lentes da máquina, além do que os nossos olhos podiam ver naquele momento. Juntas, conseguimos captar “uma luz na escuridão”.


E assim cada um de nós seguimos virando nossas páginas, por vezes detectando só trevas, sem conseguir vislumbrar os raios que desafiam a escuridão... e que só podemos ver com a alma.

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