Além do que os olhos
podem ver!
Fiz esta imagem em um
lugar considerado como detentor de um dos pores
do sol mais bonito do mundo. Confesso que nunca fui muito de admirar pôr do
sol. Somos ingratos em desconsiderar certos privilégios que muitos dariam tudo
para ter quando isso faz parte do nosso dia a dia. E assim, lá estava eu em uma
tarde sábado de agosto de 2017 em um evento no Farol da Barra.
Todos
queixavam-se do frio enquanto outros gostavam porque não faríamos caminhada em
meio a um sol escaldante. Alguns acharam que o dia não tinha nada de bonito
para se ver. Isto porque o sol se despedia precipitadamente e, às cinco da
tarde, nuvens negras tomaram conta do céu naquele local. Quando preparei a
máquina para fotografar o fenômeno alguém me disse: “Tá tirando foto do que? Só
estou vendo escuridão e uma fresta de luz pálida! ”.
Meus olhos
também enxergaram o mesmo que aquela pessoa. Mas eu sabia que a máquina
captaria aqueles fiapos de luz e, finalmente, me retornaria com imagens além do
que os nossos olhos podiam ver.
Fotografia
é uma arte que exige que você enxergue o foco com a alma. Do contrário você
pode desprezar riquezas que podem passar despercebidas. Porque a beleza da vida
está além do que os olhos podem ver. E foi assim que eu consegui captar,
através das lentes da máquina, além do que os nossos olhos podiam ver naquele
momento. Juntas, conseguimos captar “uma luz na escuridão”.
E
assim cada um de nós seguimos virando nossas páginas, por vezes detectando só
trevas, sem conseguir vislumbrar os raios que desafiam a escuridão... e que só
podemos ver com a alma.
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