domingo, 15 de novembro de 2015

LUZ, MESMO NAS TREVAS!

    O casal ia contornando as seções do supermercado. Cada um levava um carrinho. Até aí nada demais. O curioso era que tudo o que o homem colocava em seu carrinho ela colocava também no seu. Exatamente igual, produto e quantidade. Em dado momento ele voltou ao carrinho e retirou o frango. Ela o arguiu: “Por que você fez isso?” Ele respondeu: “Porque ela não está merecendo”. Sua acompanhante imediatamente o repreendeu: “Vai levar sim. Ela é sua esposa e tem mais direito do que eu!” Sim, eles eram amantes. Sim, ele estava fazendo compras para as duas famílias e queria dar mais àquela mulher que à sua própria esposa que o aguardava em casa. E aquela mulher, mesmo vivendo em pecado não consentiu que aquela injustiça fosse concretizada.

Quando eu fazia visitas missionárias na penitenciária de Salvador conheci um rapaz que aceitou a mensagem adventista. Quando ele saiu da prisão, eu e meu esposo contratamos seus serviços de pedreiro. No final da empreitada, ele tomou-me um cheque pré-datado emprestado para comprar material com o objetivo de construir pequenas casas para alugar. Em oito meses ele alcançou essa meta. Realizou seu propósito com aquele cheque que era trocado mensalmente para servir de garantia aos seus credores. Todo mês ele ia à loja, pagava um material e pegava outro. Ao término de tudo o cheque, nunca depositado, voltou para as minhas mãos sem me causar nenhum transtorno.                 

Em 1824, foi outorgada, isto é, imposta aos brasileiros, uma Constituição elaborada por dez membros de um Conselho de Estado nomeado por D. Pedro, o primeiro. Essa Constituição tirava a autonomia das províncias, o que causou grande alvoroço no Nordeste fornecendo combustível para uma acentuada oposição ao governo central. Esse problema serviu de estopim para um movimento separatista em Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte e, em menor repercussão, no Piauí. A rebelião contou com a participação de negros libertos, brancos não aristocratas, soldados e militares de baixa patente. Dentre eles, um padre, Frei Caneca. Ao final do movimento todos foram condenados ao enforcamento, menos Frei Caneca. Ele teve que ter sua pena mudada para fuzilamento. Motivo: Nenhum carrasco quis enforcá-lo!

As três situações citadas mostram como devemos ficar atentos à Palavra do Senhor para que nós, como cristãos, ao formos virando nossas páginas, seja qual for o posto que ocupemos, ou, viermos a ocupar, não nos envolvamos em situações, às quais, nem aqueles que não têm luz se envolveriam.







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