VIAJAR
É UMA ARTE
Revisitando
minhas lembranças com fotos de viagens deparei-me com uma que fiz ao extremo
oeste do nordeste brasileiro. Viagem proveitosa, cansativa bem pode se dizer,
desde quando o voo foi interrompido por longas escalas. Mas valeu a pena quando
chegamos lá porque São Luís é histórica e tem muito a ver com a Bahia. Todavia
tivemos uma companhia na viagem que não compartilhava em nada com nosso entusiasmo.
Todo lugar que chegávamos um defeito era colocado e, achou pouco, desferia comentários
deselegantes contra os personagens políticos do estado. A todo instantes
tínhamos que lembrar-lhe que estávamos em terra estranha e que, portanto,
convinha não ofender os nativos. Sem falar que todo e qualquer lugar do mundo
tem seus personagens que podem render algum tipo de comentário que não convém.
Viajar
é uma arte. E quando se trata de viagens missionárias,
então, pisa-se em ovos. Quando Jesus enviou discípulos para pregar avisou: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio
de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes” (Mateus 10:16). Moisés mandou 12 espias para fazer
uma sondagem quanto as terras a serem conquistadas e enquanto dez traçava os
piores relatos desencorajando os fracos, Josué e Calebe, sozinhos, conseguiram
desmanchar o clima de temor e transformá-lo em um ponto de partida para grandes
conquistas. Por aí vemos o quanto é importante sabermos escolher bons
companheiros de viagem.
No nosso caso, ao final, uma viagem que tinha tudo para ser totalmente agradável, transformou-se
em um emaranhado de situações desconfortáveis tanto para o restante da turma
quanto para os anfitriões.
Pretendo, se Deus permitir, terminar minhas viradas de páginas com
muitas viagens nas lembranças. Mas sem me esquecer também que deixar uma boa
impressão por onde quer que passemos é algo que não pode ser tratado de forma
superficial. Principalmente em nossa curta viagem pela terra.




