TEMPO DE
TESTEMUNHAR
Quando
fazíamos bolinhos de arroz, eu e minha tia que me criou, minha principal tarefa
depois de preparar os cocos até virar o leite que deveria dormir fora da
geladeira, era tomar conta da calda. Acontece que o segredo para a apoteose
daqueles famosos bolos estava no ponto exato dessa calda. A depender da
quantidade de bolos, deveríamos colocar duas xícaras de água para cada xícara
de açúcar. E aí morava o perigo. Seu ponto deveria ter um fio reto. Não poderia
ser rala, senão o bolo solava. Também não poderia ser grossa, pois dessa forma
o bolo afundaria ao centro. Havia um ponto único, exato. E ali ficava eu a
espera desse momento único em que a calda começava a borbulhar. Se ela
endurecesse teria que ser jogada fora e reiniciar todo o processo. Quantas
vezes fiz isso. Colocar mais água poderia até dar certo, mas nem sempre.
Há um tempo
de testemunhar. O Espírito é quem conhece haver ali a oportunidade. Ele sabe e nos avisa. Foi assim com Felipe, que
foi ordenado pelo anjo do Senhor a aproximar-se do eunuco para explicar-lhe
acerca da Palavra e ganhar aquela alma para a salvação. (Atos 8: 26-40).
Com Ester
não foi diferente. Chegou o tempo, o momento certo no qual ela deveria
testemunhar ao seu esposo, o rei Assuero, sobre suas origens e convicções
religiosas. Era ali ou nunca mais. E então se perderia ela e todo o seu povo.
Sim, ela não temeu finalizar sua missão. Acontece com qualquer um de nós, em
determinadas situações ou circunstâncias. Mas sua hora de testemunhar era
aquela. Não havia alternativa, conforme seu primo a advertiu. Assim como para
cada de um de nós cristãos chega um momento em que, para virarmos boas páginas,
não podemos desperdiçar o ponto exato da virada. Mas se isso acontecer, não nos
desesperemos, pois, I João 2:1-2, nos
tranquiliza que nosso Deus é fiel e justo, não só para nos perdoar, como também
para nos ajudar a recomeçar a escrever belas histórias.
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