quinta-feira, 18 de agosto de 2016

ERRO TÉCNICO



Eu vou sair morto desta prova, mas ganho! Disse o nadador pouco antes da prova de duzentos  metros nado medley, em um 11 de agosto durante as Olimpíadas de 2016. Tentou, deu o máximo de si no início da prova, mas cansou no final. Segundo palavras do narrador, seu maior erro foi justamente ter dado tudo de si, mas no início da prova, quando, na verdade, deveria ter guardado um pouco mais de fôlego para os últimos cinquenta metros e ter saído daquele desafio com pelo menos uma medalha de bronze. Erro técnico complementou alguns comentaristas.

Em 1983 presenciei uma atuação de um irmão em Cristo durante a lição da Escola Sabatina. Foi algo perto do que poderíamos adjetivar como brilhante!  Verso áureo na ponta da língua e, um show de cobertura do início ao fim do espetáculo foi a sua participação naquela programação em uma manhã de sábado. Ninguém conseguia falar porque ele não deixava. Passeando de lá para cá entre a Bíblia e o caderninho da lição toda respondida, da indagação que sempre se faz sobre quantos dias estudou ele prontamente respondeu: vinte e um: sete em casa, sete no trabalho e sete na Classe de Professores, exclamou triunfante!

Passado um tempo, para minha surpresa naquela época de neófita, soube que ele estava afastado da igreja. Mas, graças a Deus, para alegria de muitos que o admirava e o amava, ele retornou. O motivo também foi por um erro técnico. Achar-se impecável, ou seja, aquele que não peca jamais, de acordo com a origem da palavra.


Por que somos assim. Até na fé queremos ultrapassar os limites; chegar à frente; está acima de todos; só para lá adiante descobrir que a vitória nem sempre é dos que correm mais. Por que ser como Pedro que assegurou a Jesus que ainda que todos se escandalizassem nEle ele jamais se escandalizaria, para mais adiante tropeçar nas palavras e ações, e não ser como  Paulo que  usava a estratégia de parecer fraco para com os fracos, e assim ganhá-los para Cristo? Marcos 14:29. Virar essa página, vamos?!

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