quinta-feira, 30 de junho de 2016

O MUNDO CANSA


Após dois blocos mostrando praticamente só depoimento de indiciados na “Operação Lava Jato”, nome do processo de investigação da Polícia Federal que cuida das apropriações indevidas de fundos da Petrobras para interesses políticos, a repórter deu um enorme suspiro seguido de um audível sopro. Isso aconteceu no Jornal Nacional que foi ao ar no dia 16 de junho de 2016. Deu para sentir até na alma o seu enorme cansaço diante das câmeras. Eu imediatamente pensei nestas palavras que intitulei a reflexão que faço aqui agora: o mundo cansa!

Das amargas tristezas da vida e dos pecados que jazem no fundo dos oceanos ao tilintar das taças em momentos de máximo regozijo, não adianta, tudo no mundo cansa. Vivemos como protagonistas de um tempo que vai se perpetuar na história. Aquele momento em que os sobreviventes se sentem privilegiados por poder dizer: eu estava lá, eu vi e vivi tudo isso com meus próprios olhos. Mas será que vale a pena sermos espectadores de tantas mazelas, angústias e aflições? Será que vale a pena ver o povo sofrendo diante de tantas manobras que agora repercute até no preço do alimento básico da população? E o povo é que sempre sofre as maiores consequência quando seus governantes atropelam o bom senso no trilhar de suas trajetórias.

No auge do sofrimento Jó exclamou essa pérola da fé: “Porque eu sei que meu Redentor vive e por fim se levantará sobre a terra. Depois, revestido esse meu corpo da minha pele, em minha carne verei a Deus. Vê-lo-ei por mim mesmo, os meus olhos o verão e não outro; de saudade desfalece o meu coração dentro de mim.” Jó 19:25-27.


Pois é Renata. Esse é o nosso consolo. Quem dera pudesse mandar para você este texto. Quem sabe você também se apoderaria dessas palavras Bíblicas que tanto tem servido de conforto e alívio, como tem ajudado milhares de gerações a virarem felizes e confiantemente suas páginas. Quem dera...

terça-feira, 28 de junho de 2016

NEM VÁ, QUE NÃO É SUA

Recebi um presente de Deus na minha segunda dentição que perdurou por boa parte do tempo na minha juventude. Quando eu ia ao dentista eles ficavam admirados com o cuidado que eu tinha com meus dentes.  Isso não era comum naquela  época em que, qualquer probleminha, recorria-se à extração dentária. O que tornava o Brasil conhecido como uma pátria de desdentados. Sem falar que dentista, e hoje o quadro não mudou tanto assim, era artigo de luxo. Então, juntava-se o medo com a falta de acesso a este profissional e o estrago era grande.

Atualmente, a técnica usada  que garante o sorriso perfeito de muitos famosos por aí, as facetas odontológicas que surgiram em Hollywood na década de 30, no Brasil, só começou a ser difundido nos idos de 1985. A diferença começa pela qualidade do material e termina no preço e durabilidade. Todavia é um procedimento muito caro e que varia consideravelmente de preço.

Mas os meus dentes tinham tudo isso de mais moderno e eficiente que a indústria odontológica oferece e ainda sem as desvantagens de ter que viver tenazmente com medo de o material estragar; ou trocar de cor; ou absorver os corantes da alimentação; ou quebrar com mais facilidade; e outros “ous”.

Pois bem, como já disse, eu tinha tudo isso de graça. Porém, havia um costume na época pelo qual, algumas pessoas, para “provar” que tinha dentes fortes, abriam as garrafas de refrigerante nos dentes por puro exibicionismo. Até que houve um dia em que eu também comecei a desenvolver esse hábito. E hoje, no mesmo lugar em que eu cansei de exibir minhas proezas em destampar garrafas retirando aquelas antigas tampinhas de metal com meus dentes, uso dois implantes que me custaram uma boa soma. O resto ainda consegui salvar, mesmo remendado. Até porque eles também sofreram o desgaste natural do tempo.

E o que quero dizer com tudo isso. Bem, com isso eu deveria ter aprendido  que quando alguém viesse tentar me influenciar a fazer algo prejudicial por meio de procedimentos que pudesse me trazer mais prejuízos que vantagens eu deveria meditar bem antes. Sem essa de “vai que é sua Tafarel”. Mas, nem sempre foi assim. Todavia, hoje acredito em um Deus que nos adverte para não sermos rebeldes às suas advertências e que garante em Isaías 30:21 que, nos momentos de grandes decisões, “os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.” Se botarmos em prática, isso nos ajudará a virar nossas páginas com mais sabedoria e, talvez, com uns dentinhos a mais... quem sabe.
O MEDO DE CADA UM


Minha colega de quarto desceu para comprar algumas lembranças com uma vendedora ambulante instalada próximo ao local onde estávamos hospedadas. Não demorou muito e ela retornou com o semblante temeroso. Ela estava muito espantada. Meu cérebro ligou o sinal de alerta e, temi por antecipação, na expectativa do que ela iria me contar sobre o que aconteceu no trajeto para ela voltar tão rápido. E ela sussurrou quase sem voz com aquele lindo sotaque maranhense:
                                                                        
- “Bel, tu não imaginas o que aconteceu por lá!” - Respirei e aguardei o relato.
-“O tabuleiro da vendedora, Bel! Tu precisavas ver. Tudo tremendo!”                            
- Tremendo como criatura? - Quis saber com mais detalhes.

Então ela me explicou que, enquanto escolhia algumas bijuterias para suas irmãs, os produtos do tabuleiro corriam para lá e para cá sem que a dona dos artefatos se importasse de tão acostumada que estava com aquele fenômeno.

Sim, estávamos em Valparaíso, cidade situada a 115 quilômetros de Santiago, a capital do Chile. Há poucos dias, quinze, para ser mais precisa, houvera um  terremoto e a cidade ainda estava sob alerta de tsunami. Minha amiga ficou intrigada com a naturalidade com que os moradores lidam com essas calamidades. Para eles a iminência de um desastre dessa natureza já faz parte do cotidiano e eles convivem normalmente com isso. Ela me disse que jamais se acostumaria com aquilo. Mas eu lhe lembrei. Conosco não é diferente. Em nosso país acordamos todos os dias certos de que, ao final de cada um deles, tragédias serão noticiadas nas quais, famílias terminarão esses dias enlutadas ou, no mínimo, angustiadas por dramas causados por todo tipo de violência. Imagine que muitos vivem em locais em que, ao entrar  na rua em que moram, tem que fazer uma “varredura” antes de se aproximar de suas residências. E depois que chegam ainda tem que está com as chaves em punho e entrar correndo em casa como se estivessem passando por uma zona de guerra.


Isso não é vida! Mas,  como aquela mulher que convive tão naturalmente sob os tremores  lá no Chile, vamos vivendo aqui com nossos flagelos sociais onde muitos já aceitam como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. Sonho com o dia em que vamos virar essa página, ou seja, quando estivermos em nossa morada que Cristo foi nos preparar. Por que aqui, meu, amigo, cada tem que sobreviver convivendo com seus medos. Ainda bem que temos ao nosso dispor o consolo de termos um Deus que nos ampara.

domingo, 26 de junho de 2016

“A ILHA DA FANTASIA”


De 1978 a 1984, foi produzida uma série norteamericana protagonizada pelos atores Ricardo Montalbán (Sr. Roarke, anfitrião da ilha) e Hervé Villechaize (Tatoo, o personagem anão). Em 157 episódios várias situações dramáticas eram resolvidas pelos personagens que passavam pela ilha, onde, com o auxílio do Sr. Roarke, tinham todos os desejos realizados.

Como parte repetitiva de um discurso da atualidade, chegamos a um patamar ilusório onde todos devem viver eternamente felizes. Já que não se consegue viver eternamente jovem, como muitos almejam. E como na maioria dos discursos, as falas e as expressões vem num crescendo até que se incorporam em comportamentos que encantam e fascinam aqueles que não conseguem ver a verdade que está escondida por detrás das palavras. Usam-se frases prontas e de efeito, muitas vezes vazias de conteúdo  que, em sequencia, nascem do nada e se perdem no vazio escondido por trás da nulidade que é a vida de muitos que até ensinam (!) os outros a serem felizes...

Outro dia assisti estarrecida um autor de Best Sellers afirmando que escreve um livro em quinze dias. Trabalhando mais a fantasia que o real (se é que existe alguma coisa de real em suas histórias) e sem nenhum conhecimento científico da pisque humana, ele vai disseminando suas ideias pessoais. Isso, para o embevecimento de sua multidão de seguidores que nem ao menos se perguntam de onde ele tirou material tão carente de lógica interpretativa, mas que, de posse de frases prontas e de efeitos em série delirante, penetra na consciência e na inconsciência das pessoas pelo mundo a fora.

E onde estão essas pessoas? Não posso enumerar nem identificar pessoalmente uma a uma, mas, de uma coisa eu tenho observado: não creem na  Bíblia mas no entanto seguem teorias que de nada se tem proveito e seguem um mundo de seres que vagueiam pela terra sem energia própria e, que , pensando fazer parte de um pelotão da verdade, se encontram irremediavelmente sós... com suas “verdades”. E ainda acham que nós é que somos os iludidos... Quando suas teorias são quebradas junto com o que identificam como “paradigma” saem aflitos mundo afora em busca de outra “verdade” que possam acreditar. Até quando?

Daí esse consumismo desenfreado para tornar seu “ninho” em um local onde se acumulam os bens que tão sofridamente se conseguiu, para se ter a falsa ideia de pertencimento a uma classe à qual, nos tempos do Brasil colonial, se chamava de homens bons. E assim, na luta constante para um suposto aumento do bem-estar, perdem a autonomia sobre suas próprias vidas e vão tocando em frente, com a falsa ideia de que estão se desprendendo da “massa” para tornarem-se um tipo especial de pessoa. Quem sabe um extraterrestre?

Esse comportamento, na verdade, faz parte do grande anseio do homem de ser independente e de ser melhor que os demais. Seus aparelhos eletrônicos tem que ser o melhor; sua casa tem que ser a mais bonita da localidade; seus utensílios domésticos tem que ser o mais moderno.  Uma filosofia de individualismo crescente vem assoberbando a humanidade que se tranca em suas moradas julgando não precisar de outras pessoas para viver. Um isolamento que os comercias enfatiza e encoraja para que você conquiste um mundo só seu!

Acordemos! Tenho visto e presenciado pessoas que, mesmo dizendo-se seguidoras de Cristo, não lhe imita o comportamento simples e despreconceituoso. Seguem  deixando que os sentimentos de pertencimento da espécie lhes sejam bloqueados quando eles passam então, a viver em uma verdadeira “ilha da fantasia”.


Todo esse mecanismo é arma do nosso arqui-inimigo para que, ao nos dividirmos em grupos elitizados, percamos de vista os que fazem parte da maioria da sociedade, ou seja, daqueles que com seus tributos garantem boa parte daquilo que se foi conquistado. Mas vamos virar nossas páginas!

quarta-feira, 22 de junho de 2016

USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA


Em Direito  usurpador é aquele que pratica o ato de usurpar, isto é, de fraudar, de falsificar, de apropriar-se furtivamente de cargos indevidos que por direito não lhe pertencem. Pode ser de bens tangíveis e intangíveis. Quando se trata de função pública consiste no ato de um indivíduo que não tem legitimidade, ou seja, não possui nenhum cargo administrativo oficial que lhe dê o direito de tomar decisões em favor de algo ou alguém. Alguns que praticam esse ato pode até ter determinado tipo de ligação com o verdadeiro personagem investido deste poder. Porém, o fato de ele estar de posse de um vínculo funcional com o verdadeiro dono do cargo, ou mesmo, de até ter um vínculo familiar, seja pelos laços de sangue ou outro que lhe outorgue certos limites de poder, todavia, não lhe dá o direito de praticar atos além de seus poderes.

Davi deixou a prepotência de seu filho Absalão ir longe e quando abriu os olhos por pouco não foi tarde demais. O que não aconteceu com Jesus conforme está enfatizado em Filipenses 2:5-7, “que sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.”

No entanto, algumas pessoas que estão investidas de poder, fraquejam em seus deveres e responsabilidades e permitem que seus auxiliares diretos e indiretos pratiquem, em seu nome, atos administrativos que estão além de seus poderes. O que ao final pode gerar desvio de finalidade por inaptidão, ou, até mesmo  em última instância, abuso de competência.

Foi o que aconteceu pela displicência de Davi em relação ao filho. É o que pode acontecer com líderes excessivamente complacentes. Por vezes, por dar prioridade a questões mais longas que requerem estudos minuciosos para resolução, muitos líderes relegam as decisões que surgem por demanda ou por pressão, como é comum na administração. E então o tal do “ô, fulano, resolva isso aí você mesmo pois eu confio em sua capacidade”, vai imperando até que questões além do corriqueiro escapa de suas mãos.


Isso não quer dizer que você não deva delegar tarefas à sua equipe. Isso é outro departamento. Todavia, quando  o Senhor lhe confiar uma empreitada vá até ao fim confiando em sua divina capacidade para guiá-lo em suas decisões. Só Ele tem a capacidade de guiá-lo para tal. Uma boa equipe é primordial para o sucesso de uma tarefa. Todavia, conforme li em um compêndio de Direito: “se constitui num perigo imposto à Administração o fato de imputar à equipe a qualidade de autoridade sobre certos assuntos que convém ao líder resolver”. Pretendo guardar isso bem guardado na lembrança para escrever o resto de minhas páginas.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

NÃO DEIXE SUA MENTE TE ENGANAR

Nessa vida de pré-candidata tenho procurado velhos amigos e conhecidos para sondar a viabilidade de uma futura campanha para ocupar uma vaga de vereadora na Câmara Municipal de Salvador. Como sou neófita não sei onde isso vai dar. Ainda tem muitos senões. Não sei se o partido vai acatar meu desejo e confirmar minha candidatura. Tudo vai ser decidido depois da convenção. Todavia, se não der em nada, de uma coisa eu tenho certeza: isso não vai dar em nada. Explico: Dos contatos que tenho tido me deparei com situações e histórias que, provavelmente, de outra forma eu jamais viesse a ter conhecimento. Não deixa de ser um aprendizado. Encontrei, principalmente, pessoas que não se deram conta de que o tempo passou. 

Continuam vivendo num mundo irreal como se o espelho ainda não tivesse sido inventado. Encontrei uma criatura que queria me ensinar a rejuvenescer. Achou-me muito velha. Meu marido é quem sabe ensinar. Ele diz: “Filha, o problema é que a maioria das pessoas na nossa idade precisa de óculos para enxergar de perto, só que quando elas chegam em casa a primeira coisa que fazem é tirar os óculos”. Então eu lhe perguntei: E daí? E ele me respondeu: “E daí é que quando a gente se olha no espelho sem óculos não vê a realidade de perto e então se acha mais novo do que o que realmente é.” E então ele me desafiou: Quer ver? Se olhe nos espelho com óculos. E eu olhei... E então entendi o que se passava com aquela senhora.
Voltando ao meu périplo pré-eleitoral. Encontrei uma amiga que me confidenciou uma situação em que foi obrigada também a ensinar a alguém a forma de como não deixar a mente lhe enganar. A gente não precisa fingir uma idade que não tem para ser feliz. Idade também serve para muita coisa. E boa! Sem falsa modéstia eu sou a prova disso.

Você também faz parte desse time? Não deixe sua mente te enganar. Existe muita coisa interessante na vida depois que as rugas se instalam. Na canção My Way a letra em certo trecho diz mais ou menos assim: “as pancadas foram inevitáveis mais eu fiz do meu jeito. E o que valerá a vida de um homem se ele não puder viver autenticamente e tiver que passar pela vida de joelhos dizendo e fazendo coisas só para agradar aos outros?” Tenho pensado seriamente nisso ultimamente no virar de minhas páginas!     

sexta-feira, 17 de junho de 2016

DE ONDE ME VIRÁ O SOCORRO


Estive lendo sobre o resultado de uma entrevista feita pela Polícia Civil do Rio de Janeiro com um grupo de estupradores. Naquela prisão, uma das respostas avisava que ao pedir ajuda mulheres atacadas jamais devem gritar “socorro”. Alegam ser melhor substituir a palavra por “fogo” que atrairia mais apoio porque, ao pedir socorro, muitos se afastam por omissão e buscam em primeiro lugar resguardar suas próprias vidas.

É este o mundo em que estamos vivendo. Na antiga Israel, segundo o livro de Êxodos, a mulher que fosse atacada na cidade estava livre de ser considerada conivente com o ato. Presumo que seria pelo fato de que, alguém, com certeza, ouviria os seus gritos e a socorreria. Hoje é ao contrário.

Quando fui vítima de um assalto, na porta de minha própria casa, o carro de meu filho estava na garagem, o que remetia para a certeza de que meus vizinhos sabiam que ele estava em casa. Meu esposo também estava em casa e alguns moradores sabiam disso. Bastava que alguém gritasse e muitos sairiam à porta intimidando o marginal que nem sequer me apresentou uma arma. Apenas alegava estar armado. Saíram depois que o meliante se foi, mas para a segurança do alto de suas torres. No máximo foram até à varanda. Mas de lá ninguém desceu, repito, nem depois que ele se foi alguém se prontificou a me prestar solidariedade. Soube dias depois que uma pessoa me viu sendo assaltada e sabia tanto o nome quanto o local de origem do assaltante, mas que não podia “fazer nada”. É perfeitamente compreensivo.

Depois de uma dessa, para seguir virando minhas páginas só posso confirmar o SALMO 121 que usei no meu último texto:

“Elevo os meus olhos para os montes de onde me virá o SOCORRO? O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra”.



segunda-feira, 13 de junho de 2016

MEDIDA PROTETIVA DE URGÊNCIA


Primeiro vamos ao texto bíblico: “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Ele, porém, respondendo, disse-lhes: [...] Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? [...] Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la? Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim.  Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério. Disseram-lhe seus discípulos: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casarMateus19:10.                                                                                                   
 Agora vamos ao texto dos homens: A  Lei n. 11.340 foi criada no intuito de “criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.                                                                                                         

Quando meditamos sobre os avanços da Lei Maria da Penha, em relação às conquistas alcançadas pelas mulheres pelo direito de viver dentro de sua própria casa e sem violência, chegamos à conclusão que, pouco se conquistou e, nos locais onde ela deveria está mais protegida, pode ser o lugar onde ela pode ser mais violentada. Que sirva de reflexão a resposta do discípulo: Se assim é a condição do homem relativamente à mulher, não convém casar. Ou seja, se eu não posso fazer o que eu quiser com ela e só vou poder me livrar dela em caso de adultério...                                                                                               

Quando acessamos os meios de informação sobre este,  impressionam os números cada vez maior de grandes figuras envolvidas em caso de violência contra a mulher, protegidos que estão, pelos fraternais braços da impunidade nos meios familiares. E o que me deixou ainda mais triste foi quando, em uma dessas pesquisas, soube que esta medida protetiva, onde medidas emergenciais cuidam de conter o agressor por uma autoridade policial no prazo máximo de 48 horas, muitas vezes, não são atendidas porque, saindo das capitais, fica difícil para um juiz tomar providências pelo acúmulo de processos de toda natureza que cai na mão de um só magistrado.
      
Fico realmente amargurada quando viajo por esses lugares e presencio relatos e situação que me deixam paralisada de terror. É um absurdo o que ainda acontece no Brasil e no mundo. E a maioria das vítimas continua sua vida de sofrimento enquanto seus agressores desfilam por aí impunemente. Muitos até discursando ironicamente em rodas de conversas sobre o assunto, posando cinicamente de defensores das mulheres. Eu mesma já fui vítima disso. E quando eu contava para os mais velhos alegavam que crianças tinham imaginação muito fértil...
                                                                                                                  
Antes de virar essa página, resta-nos o consolo de saber que, nesses casos, em que os braços da justiça tornam-se insuficientes, a única medida protetiva de urgência real  que eu conheço e que está sempre disponível está no Salmo 121: Elevo os meus olhos para os montes de onde, com certeza, o socorro virá dAquele que fez o céu e a terra.
Fonte:https://www.google.com.br/search?q=OLHO+ROXO+DE+MULHERES&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwj2nPaAlP_MAhXCTCYKHfx5BRsQsAQIIQ&biw=1242&bih=606#imgrc=uTcMnO_D9TquUM%3A.

domingo, 12 de junho de 2016

SINTO MUITO, MAS VOCÊ VAI TER QUE IR DE PORCO!
Conta o publicitário Duda Mendonça, em seu livro Casos e coisas, página 105esse relato do qual extraí uma reflexão acerca de como lidar com algumas de nossas decisões esdrúxulas.
“Chegando em casa, tarde da noite, encontrei o Leo me esperando. Queria falar uma coisa muito importante comigo.                                                                                                                                                
- Pai, amanhã tem gincana na escola.                                                                                            
- Que ótimo filho.                                                                                                                       
- Ótimo nada, tenho que ir fantasiado de porco - observou emburrado.                              
- Logo de porco? - Tentei brincar.                                                                                  
- Eu não quero ir. Tá certo pai?
- perguntou já com os olhos cheios d’água. Coloquei ele no colo e, com muito carinho, comecei a falar.                                              
- Filho, você sabia que tinha que se fantasiar de porco?  
- Sabia pai, mas não quero ir 
- respondeu com ar de quem não queria mais conversa sobre o assunto.                 
- Espere um pouco - disse eu.
- No dia em que lhe falaram você concordou?              
- Naquele dia concordei, pai, mas.                                                                                              
- Se você não for fantasiado de porco sua equipe vai perder pontos na gincana?       
- Vai, pai - Respondeu meio sem jeito.                                                                                           
- Então, filho, sinto muito, mas acho que você deve ir.  Veja bem  - disse, com a voz mais convincente que consegui -, você sabia que iria ter que ir de porco e você concordou. Agora, não é hora de cair fora e prejudicar todos os seus coleguinhas. Agora, quando tiver outra gincana, você vai logo avisando: ‘de porco eu não vou’”.

Duda termina essa história relatando que o filho insistiu que não iria e, que no dia seguinte, saiu muito cedo sem mais lembrar-se da conversa, quando recebeu a ligação do garoto dizendo que tinha ido para a escola fantasiado de porco, mesmo sentindo-se um otário.


Quantas vezes também, no virar de nossas páginas, não agimos como aquele menino? Comprometemos-nos precipitadamente rumo a uma situação de desfecho não previamente pensado e depois recorremos a desculpas esfarrapadas para nos desviarmos do compromisso. Inclusive, na maioria das vezes, deixando outros envolvidos na questão em má situação.  Do alto o Senhor nos acompanha e bem que poderia nos advertir em meio a determinadas ocasiões: cuidado com suas promessas ou, do contrário, se você prometer envolver-se em alguma atividade “fantasiado de porco”, sinto muito, mas você vai ter que ir de “porco”. É bom para aprendermos...

sexta-feira, 10 de junho de 2016

CADÊ AQUILO TUDO QUE VOCÊ PREGOU?


Então apregoei ali um jejum junto ao rio Aava, para nos humilharmos diante da face de nosso Deus, para lhe pedirmos caminho seguro para nós, para nossos filhos e para todos os nossos bens. Porque tive vergonha de pedir ao rei exército e cavaleiros para nos defenderem do inimigo pelo caminho; porquanto tínhamos falado ao rei, dizendo: A mão do nosso Deus é sobre todos os que o buscam, para o bem deles; mas o seu poder e a sua ira contra todos os que o deixam. Nós, pois, jejuamos, e pedimos isto ao nosso Deus, e moveu-se pelas nossas orações.Esdras 8:21-23.

E agora? Esdras havia estabelecido como prioridade confiar única e exclusivamente em Deus para empreender sua jornada. Plenamente comprometido com sua missão de ser fiel ao decreto do rei Artaxerxes, viajava de Babilônia para Jerusalém para liderar o segundo grupo de judeus que voltaram para Jerusalém para reconstruir o templo.  Contemplado pelo dom da palavra ele deu continuidade aquele propósito divino tendo que vencer também como seu antecessor, Zorobabel, o desânimo e tremendas dificuldades para cumprir o objetivo ordenado pelo rei. Não que o rei fosse nenhum “bonzinho”. Deus estava no comando e já dissera por meio do profeta Isaías que, mesmo não O conhecendo, reis seriam usados para realizar seus desígnios em favor de seu povo. Portanto cabia a Esdras não permitir que homens ou exércitos tomassem para si  o lugar da glória do Senhor. Davi também quando teve a oportunidade de receber gratuitamente um campo para sacrificar holocaustos insistiu em pagar por não querer ofertar ao Senhor holocaustos que não lhe custasse nada.


É bonito demais. Deus nos ajude que sigamos virando nossas páginas sem consentir que outros reivindiquem para si a glória que pertence ao nosso Deus em nossa vitórias. Já pensou? Pregamos, pregamos, pregamos e depois corremos desesperados ao som de qualquer som de folha arrastada pelo vento e ainda deixamos  claro aos olhos dos outros que confiamos mais na ajuda de homens que na ajuda de Deus. Meditemos, “Porque dirão os gentios: Onde está o seu Deus?” Salmos 115:2. Por que diriam os gentios: cadê aquilo tudo que você pregou?

sábado, 4 de junho de 2016

DE ONDE SERÁ QUE VEM O RACISMO?



A conversa não me agradava nem um pouco. A amiga queria saber de seu interlocutor como ficara o cabelo de seus filhos depois que cresceram. E o diálogo seguiu nesse ritmo:
- O cabelo do mais velho puxou um pouco parecido com o meu - respondeu o amigo.
- Ah, enrolado - argumentou a amiga.
- Não, o meu só enrola quando eu levo muito tempo sem pentear (sic).
- E ficou como então? - insistiu a amiga.
Então a fala que deu continuidade ao diálogo é digno de um tratado etnográfico:
- Bem, o do mais velho é um pouco mais liso que o meu. Já o do mais novo é assim... deixa eu ver como posso comparar. Ah, é assim um pouco melhor que o meu e o do irmão porque puxou mais pro lado da mãe. Ainda bem. Pulamos a fogueira porque se o mais novo fosse menina ia ter que criar e já pensou no trabalho que ia dar? Imagine que são meninos e quando o cabelo cresce mais um pouquinho já é aquele sufoco.

E ainda perguntam de onde vem o racismo. As pessoas nem se dão conta de seus comentários abomináveis. Geram nos filhos esses sentimentos de não pertencimento  à raça e depois não aceitam quando chegam queixas de seus comportamentos anti raciais. Validam no interior de seus lares procedimentos racistas e quando esses afloram nas condutas no meio exterior ainda têm a coragem de dizer como muitas vezes já vi nas escolas por onde passei: “Não sei onde ele (ou ela) aprendeu isso porque lá em nós não adotamos e nem aceitamos esse tipo de coisa.” E mais ridículo ainda fica quando junto com as desculpas estapafúrdias ainda tentam reforçar o argumento sempre apontando para o fato de que tem um grande amigo negro ao qual, também sempre alegam ser o mais “querido” da família. Isso é velho!


Em Cantares de Salomão Sulamita pediu desculpas ao amado por sua pele está escurecida pelo sol. Avisa-o de que a cor de sua pele era fruto de um castigo. Em Números 12, Miriã  reclamou com Moisés por ter desposado uma mulher “cuxita” que, segundo alguns teólogos, tratava-se de uma mulher de cor. Só quem faz parte dessa parcela da sociedade é quem sabe o que passa para virar suas páginas com dignidade. Realmente, isso é muito velho!  
LÁ, ONDE A VIDA ACONTECERÁ!



VVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVVV
Hoje muitos V’s porque V lembra Vida. E Vida é luta. Vida é esperança. Vida é busca. Vida é reconhecer. Vida é aprender. Vida é prosseguir. Vida é confiar. Vida é servir. Vida é amar. Vida é perdoar. Vida é sonhar. Vida é realizar. Vida é acreditar. Vida é ... tanta coisa! Coisas que, às vezes, jamais esperamos!

Primeiro ano de nosso Blog, meu Amigo, meu Companheiro de jornada e que esteve e sempre estará comigo lado a lado. Te amo, te agradeço e sei que tudo nesta vida se move em Ti, porque a Tua palavra diz: “Pois nele vivemos, nos movemos e existimos”. Atos 17:28.


Espero continuar contigo nesta caminhada, pois sei que todos os meus caminhos, mesmo naqueles em que vacilei, Tu me reconduzistes novamente aos trilhos da adimplência para contigo, sempre frágil, do ponto de vista humano, mas, firme na intenção de prosseguir na esperança daquele verdadeiro e mais completo encontro. Por que sei que “Lá”, onde a verdadeira vida acontecerá. Lá onde haverá uma vida plena sem muros e catracas! Com adoração sem dia e hora para terminar! Lá, onde Tu estás preparando um lar para nós! (João 14:1-3). Te amo! E só Tu sabes o quanto! Agradeço-te por ter herdado de Ti não só a Salvação, mas também este amor pelo Ser Humano. Tu me conheces e sabe muito mais do que eu do que estou falando. E quando tudo isso se acabar, juntos, vamos nos sentar lado a lado para lembrar-nos de nossas andadas. Sei que vamos rir muito juntos. Boas risadas! Até desses verdinhos clamando por ênclises. E assim viro mais esta página. Aceite meus agradecimentos e tome este espaço como seu. Porque ele é seu. E sei que o Senhor vai cuidar para que ninguém ocupe o seu lugar. Eu sei muito bem em quem tenho crido!