NEM VÁ, QUE
NÃO É SUA
Recebi um
presente de Deus na minha segunda dentição que perdurou por boa parte do tempo
na minha juventude. Quando eu ia ao dentista eles ficavam admirados com o
cuidado que eu tinha com meus dentes. Isso
não era comum naquela época em que,
qualquer probleminha, recorria-se à extração dentária. O que tornava o Brasil
conhecido como uma pátria de desdentados. Sem falar que dentista, e hoje o
quadro não mudou tanto assim, era artigo de luxo. Então, juntava-se o medo com
a falta de acesso a este profissional e o estrago era grande.
Atualmente, a técnica usada que garante
o sorriso perfeito de muitos famosos por aí, as facetas odontológicas que surgiram
em Hollywood na década de 30, no Brasil, só começou a ser difundido nos idos de
1985. A diferença começa pela qualidade do material e termina no preço e
durabilidade. Todavia é um procedimento muito caro e que varia
consideravelmente de preço.
Mas os meus dentes tinham tudo isso de
mais moderno e eficiente que a indústria odontológica oferece e ainda sem as
desvantagens de ter que viver tenazmente com medo de o material estragar; ou
trocar de cor; ou absorver os corantes da alimentação; ou quebrar com mais
facilidade; e outros “ous”.
Pois bem,
como já disse, eu tinha tudo isso de graça. Porém, havia um costume na época
pelo qual, algumas pessoas, para “provar” que tinha dentes fortes, abriam as
garrafas de refrigerante nos dentes por puro exibicionismo. Até que houve um
dia em que eu também comecei a desenvolver esse hábito. E hoje, no mesmo lugar
em que eu cansei de exibir minhas proezas em destampar garrafas retirando
aquelas antigas tampinhas de metal com meus dentes, uso dois implantes que me
custaram uma boa soma. O resto ainda consegui salvar, mesmo remendado. Até
porque eles também sofreram o desgaste natural do tempo.
E o que
quero dizer com tudo isso. Bem, com isso eu deveria ter aprendido que quando alguém viesse tentar me
influenciar a fazer algo prejudicial por meio de procedimentos que pudesse me trazer
mais prejuízos que vantagens eu deveria meditar bem antes. Sem essa de “vai que
é sua Tafarel”. Mas, nem sempre foi assim. Todavia, hoje acredito em um Deus
que nos adverte para não sermos rebeldes às suas advertências e que garante em
Isaías 30:21 que, nos momentos de grandes decisões, “os teus ouvidos
ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: este é o caminho,
andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.” Se
botarmos em prática, isso nos ajudará a virar nossas páginas com mais sabedoria
e, talvez, com uns dentinhos a mais... quem sabe.
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