terça-feira, 28 de junho de 2016

NEM VÁ, QUE NÃO É SUA

Recebi um presente de Deus na minha segunda dentição que perdurou por boa parte do tempo na minha juventude. Quando eu ia ao dentista eles ficavam admirados com o cuidado que eu tinha com meus dentes.  Isso não era comum naquela  época em que, qualquer probleminha, recorria-se à extração dentária. O que tornava o Brasil conhecido como uma pátria de desdentados. Sem falar que dentista, e hoje o quadro não mudou tanto assim, era artigo de luxo. Então, juntava-se o medo com a falta de acesso a este profissional e o estrago era grande.

Atualmente, a técnica usada  que garante o sorriso perfeito de muitos famosos por aí, as facetas odontológicas que surgiram em Hollywood na década de 30, no Brasil, só começou a ser difundido nos idos de 1985. A diferença começa pela qualidade do material e termina no preço e durabilidade. Todavia é um procedimento muito caro e que varia consideravelmente de preço.

Mas os meus dentes tinham tudo isso de mais moderno e eficiente que a indústria odontológica oferece e ainda sem as desvantagens de ter que viver tenazmente com medo de o material estragar; ou trocar de cor; ou absorver os corantes da alimentação; ou quebrar com mais facilidade; e outros “ous”.

Pois bem, como já disse, eu tinha tudo isso de graça. Porém, havia um costume na época pelo qual, algumas pessoas, para “provar” que tinha dentes fortes, abriam as garrafas de refrigerante nos dentes por puro exibicionismo. Até que houve um dia em que eu também comecei a desenvolver esse hábito. E hoje, no mesmo lugar em que eu cansei de exibir minhas proezas em destampar garrafas retirando aquelas antigas tampinhas de metal com meus dentes, uso dois implantes que me custaram uma boa soma. O resto ainda consegui salvar, mesmo remendado. Até porque eles também sofreram o desgaste natural do tempo.

E o que quero dizer com tudo isso. Bem, com isso eu deveria ter aprendido  que quando alguém viesse tentar me influenciar a fazer algo prejudicial por meio de procedimentos que pudesse me trazer mais prejuízos que vantagens eu deveria meditar bem antes. Sem essa de “vai que é sua Tafarel”. Mas, nem sempre foi assim. Todavia, hoje acredito em um Deus que nos adverte para não sermos rebeldes às suas advertências e que garante em Isaías 30:21 que, nos momentos de grandes decisões, “os teus ouvidos ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: este é o caminho, andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.” Se botarmos em prática, isso nos ajudará a virar nossas páginas com mais sabedoria e, talvez, com uns dentinhos a mais... quem sabe.

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