segunda-feira, 5 de outubro de 2015

HAVIA UM TERREMOTO E UM TSUNAMI NO MEIO DO CAMINHO

No início era um entusiasmo só. Uma viagem que se prenunciava inesquecível pela oportunidade de apresentar um trabalho fora do país. Quando cada um de nós recebia o “aceite” da Universidade de Playa Ancha, em Valparaíso, no Chile a vibração tomava conta. Pelo menos para mim, marinheiro de primeira viagem, era o resultado do resultado. Mas aí a notícia: tinha um terremoto e seu companheiro marítimo, o tsunami, a caminho.
As notícias seguidas de fotografias nos jornais e revistas davam conta de que a qualquer momento eles poderiam retornar. E então, pouco a pouco, só se via participantes entrando no grupo para postar que por “motivos pessoais” sentiam muito, mas não poderiam estar presentes. Quanto aos meus mais chegados, sentia-lhes o medo e o receio estampado no rosto. Enquanto uns diziam que terremotos não se sucediam assim em tão curtos espaços de tempo, outros se sentiam sem muito que dizer. E assim parti em uma comitiva de oito pessoas e um só destino.  Lá, por onde passávamos víamos placas de sinalização indicando as rotas de evacuação e, em alguns casos os textos explícitos diziam “em caso de tsunamis” tome este caminho.

Tem horas que não dá para ficar pensando no que teria sido se tivesse feito ou no que teria sido se tivesse ido. Por isso, aqui está um aviso:
 




Tem horas que não é nem uma questão  de medo ou coragem como fatores opcionais. É ir para ver no que vai dar. E assim, por isso, fui e virei mais uma página. E também por isso, aí nesta foto abaixo, estou eu em um dos dias de minha participação no evento. Havia um terremoto e um tsunami no meio do caminhoNo meu caminho não... não havia....



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