HAVIA UM TERREMOTO E UM TSUNAMI NO MEIO DO CAMINHO
No início era um entusiasmo só.
Uma viagem que se prenunciava inesquecível pela oportunidade de apresentar um
trabalho fora do país. Quando cada um de nós recebia o “aceite” da Universidade
de Playa Ancha, em Valparaíso, no Chile a vibração tomava conta. Pelo menos
para mim, marinheiro de primeira viagem, era o resultado do resultado. Mas aí a
notícia: tinha um terremoto e seu companheiro marítimo, o tsunami, a caminho.
As notícias seguidas de
fotografias nos jornais e revistas davam conta de que a qualquer momento eles
poderiam retornar. E então, pouco a pouco, só se via participantes entrando no
grupo para postar que por “motivos pessoais” sentiam muito, mas não poderiam
estar presentes. Quanto aos meus mais chegados, sentia-lhes o medo e o receio
estampado no rosto. Enquanto uns diziam que terremotos não se sucediam assim em
tão curtos espaços de tempo, outros se sentiam sem muito que dizer. E assim
parti em uma comitiva de oito pessoas e um só destino. Lá, por onde passávamos víamos placas de
sinalização indicando as rotas de evacuação e, em alguns casos os textos
explícitos diziam “em caso de tsunamis” tome este caminho.
Tem horas que não dá para ficar
pensando no que teria sido se tivesse feito ou no que teria sido se tivesse
ido. Por isso, aqui está um aviso:
Tem horas que não é nem uma
questão de medo ou coragem como fatores
opcionais. É ir para ver no que vai dar. E assim, por isso, fui e virei mais
uma página. E também por isso, aí nesta foto abaixo, estou eu em um dos dias de
minha participação no evento. Havia
um terremoto e um tsunami no meio do caminho? No meu
caminho não... não havia....

Nenhum comentário:
Postar um comentário