terça-feira, 13 de outubro de 2015

“OS ANDRADAS NUNCA SE PREOCUPARAM COM DINHEIRO”

Pode realmente alguém não se preocupar com dinheiro? Bem, segundo a obra de  onde tirei este relato, A feijoada que derrubou o governo, de Joel Silveira,  dos Andradas do império houve um descendente que bem representava o nome da família. Antonio Carlos, de presidente da Câmara de Deputados a chefe da Aliança Liberal teve uma carreira política brilhante em Minas Gerais além de ter sido também jornalista e funcionário público. Tido como um homem fino, elegante e de bom humor ao deixar, em 1918, o Ministério da Fazenda surpreendeu o presidente da Companhia Sul América quando este soube que, como segurado, aquele homem preiteava um empréstimo.                                                                                                            
Segue o relato dizendo que o presidente da seguradora, Moreira Magalhães, ficara estupefato com aquilo porque sabia que pelas mãos daquele Andrada passara, durante a Primeira Guerra Mundial, todo o dinheiro do país. De 1914 a 1918 ele tivera ordem de sacar contra todos os bancos da nação! Pois é!  Das várias outras qualidades daquele homem ele soube honrar o nome da família quando saiu de um cargo ambicionado e, de onde poderia ter saído abarrotado de dinheiro,  saiu da mesma maneira que entrou. Então o autor confirma o que diziam daquela linhagem: “Os Andradas nunca se preocuparam com dinheiro”. Convidado a comparecer à sede da companhia por seu presidente foi-lhe pedido que explicasse porque precisava com urgência daquela quantia. Depois de explicar recebeu o abraço do Dr. Magalhães que lhe disse: “Quero abraçar o homem que após deixar o Ministério da Fazenda vem nos pedir sete contos de réis emprestados”. Alguns meses depois ele passou a fazer parte do conselho consultivo da empresa e, em 1924, foi escolhido para ser um de seus diretores.                                                                  
A letra da canção: “Eu quero ser um vaso de honra moldado pelo Senhor com a mensagem de amor e esperança aos homens por onde eu for.” Sim, a mensagem é esta. Apesar da longa data que se passou desde aquele Andrada até hoje cremos, que neste tempo em que vivemos, ainda restam homens que podem ser transformados em vasos de honra moldado à imagem e semelhança do caráter de Deus, como era no início. É difícil, mas não é impossível. Temos visto de vez em quando exemplares da raça humana devolvendo carteiras e até maletas repletas de dinheiro dando sinal que ainda vale a pena continuar virando páginas com esperança e confiança na humanidade.
                                  


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