LADO A LADO
Para
resumir 2014, no mestrado, ao final do ano,
minha dissertação já estava com mais de 120 páginas e eu pensei que já
tinha parado por ali. Minha orientadora ficou com medo de que meu trabalho se
tornasse muito extenso pois o título, em si, já era uma avenida: Análise da Linguagem na Produção, Circulação
e Uso da Informação no Desenvolvimento Político Eleitoral Brasileiro:
Linguagens Verbais e não Verbais. Ufa! Vim desde o “Império” e aportei na Nova República. Gostaria de me estender
um pouco mais na “Era Virtual”, mas não deu. Deixei para o futuro... Quem mais
me tomou tempo foi a “Era Vargas” e o “Regime Militar”.
Na
política Dilma se reelegeu como presidente em um segundo turno que transformou
esta eleição em um acontecimento histórico. Aqui na Bahia, o governador Jaques
Wagner (ou Lula, ou os dois) conseguiu, ou conseguiram, fazer um sucessor, Rui Costa. No dia do
segundo turno eu votei logo cedo, pois tinha que viajar logo em seguida para
Belo Horizonte. Vejam só onde eu fui parar em um dia como esse. Meu voo estava
marcado para as 11hrs30min. O voo de minha colega Geo foi diferente do
meu. Ela me esperou lá no aeroporto de
Confins porque seu voo foi por São
Paulo. Saiu mais cedo e chegou pouco antes do meu. Chovia muito. Havia um posto
do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no aeroporto de Confins e ela tratou logo
de justificar. Alguém perdeu esse voto. Enquanto isso, na fila de embarque, em
Salvador, vários eleitores de Aécio Neves distribuíam adereços de campanha. Eu
tratei de viajar com roupas de cores bem neutras. Afinal, em terras dos outros
convinha não arriscar. Nunca se sabe... Nem por isso deixei de entrar em
discussões durante a semana com motoristas de táxi. Quando eles percebiam que
éramos da Bahia (o sotaque não nega) vinham com toda carga “ideológica” para
cima da gente. Ao final, em suas falas, não perdoavam os nordestinos. E Aécio
nem ganhou lá. Cada uma! Mas nada que um banho de História do Brasil não os
calasse de imediato. Quando eu lhes mostrava que, no fundo no
fundo, a briga toda espraiava no
resquício do “café com leite no poder” eles se exasperavam. Pensam que o Brasil
não consegue marchar sem eles. E olhe que Dilma também é mineira. Acho que
muitos nem sabem disso. O problema é que a naturalidade se firma no coração e
não no lugar de nascimento. Eu e um outro conterrâneo meu que se deu bem aqui na Bahia bem sabe o que é
isso.
No
dia 2 de dezembro, 17 horas, fui ao lançamento do Livro do jornalista Paulo
Markun. Foi no teatro Eva Hertz, instalado na Livraria Cultura do Shopping
Salvador, com a apresentação e mediação de Mário Kertész, com transmissão pela rádio Metrópole. O autor
lançou a série Brado Retumbante,
volumes 1 e 2. Fala sobre o período do regime militar no Brasil. Tive até a
oportunidade de falar breves minutos sobre o desenvolvimento da minha
dissertação. Meu Deus me ama!
Entre
7 e 10 de novembro foram as eleições para o Colegiado Setorial de Bibliotecas
(Governo do Estado da Bahia). Eu me candidatei e fui eleita por incríveis... dois
votos. Nada de potássio, por favor, ou seja, kkkk. Foi um voto meu e o outro
não sei de quem. Houve episódios semelhantes com outras categorias. Na posse, dia 9 de dezembro, minha filha foi comigo. O governador, já em
seus últimos dias de mandato, estava presente.
Ao
findar do ano, para surpresa de todos, menos do Todo Poderoso, Aquele que
comigo, lado a lado, naquela cadeira que já citei, me inspirou e me ajudou para
que minha dissertação chegasse ao fim. Até a banca já estava escolhida. Enquanto
muitos ainda nem começara a escrever eu já ia defender! Meu Amigo e, só Ele,
poderia fazer isso por mim. Vai com Deus 2014! Beijos. Porque eu já virei essa
página.
Nenhum comentário:
Postar um comentário