sexta-feira, 31 de julho de 2015

LADO A LADO

Para resumir 2014, no mestrado, ao final do ano,  minha dissertação já estava com mais de 120 páginas e eu pensei que já tinha parado por ali. Minha orientadora ficou com medo de que meu trabalho se tornasse muito extenso pois o título, em si, já era uma avenida: Análise da Linguagem na Produção, Circulação e Uso da Informação no Desenvolvimento Político Eleitoral Brasileiro: Linguagens Verbais e não Verbais. Ufa! Vim desde o “Império”  e aportei na Nova República. Gostaria de me estender um pouco mais na “Era Virtual”, mas não deu. Deixei para o futuro... Quem mais me tomou tempo foi a “Era Vargas” e o “Regime Militar”.

Na política Dilma se reelegeu como presidente em um segundo turno que transformou esta eleição em um acontecimento histórico. Aqui na Bahia, o governador Jaques Wagner (ou Lula, ou os dois) conseguiu, ou conseguiram,  fazer um sucessor, Rui Costa. No dia do segundo turno eu votei logo cedo, pois tinha que viajar logo em seguida para Belo Horizonte. Vejam só onde eu fui parar em um dia como esse. Meu voo estava marcado para as 11hrs30min. O voo de minha colega Geo foi diferente do meu.  Ela me esperou lá no aeroporto de Confins  porque seu voo foi por São Paulo. Saiu mais cedo e chegou pouco antes do meu. Chovia muito. Havia um posto do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) no aeroporto de Confins e ela tratou logo de justificar. Alguém perdeu esse voto. Enquanto isso, na fila de embarque, em Salvador, vários eleitores de Aécio Neves distribuíam adereços de campanha. Eu tratei de viajar com roupas de cores bem neutras. Afinal, em terras dos outros convinha não arriscar. Nunca se sabe... Nem por isso deixei de entrar em discussões durante a semana com motoristas de táxi. Quando eles percebiam que éramos da Bahia (o sotaque não nega) vinham com toda carga “ideológica” para cima da gente. Ao final, em suas falas, não perdoavam os nordestinos. E Aécio nem ganhou lá. Cada uma! Mas nada que um banho de História do Brasil não os calasse de  imediato.  Quando eu lhes mostrava que, no fundo no fundo, a briga toda espraiava  no resquício do “café com leite no poder” eles se exasperavam. Pensam que o Brasil não consegue marchar sem eles. E olhe que Dilma também é mineira. Acho que muitos nem sabem disso. O problema é que a naturalidade se firma no coração e não no lugar de nascimento. Eu e um outro conterrâneo meu  que se deu bem aqui na Bahia bem sabe o que é isso.

No dia 2 de dezembro, 17 horas, fui ao lançamento do Livro do jornalista Paulo Markun. Foi no teatro Eva Hertz, instalado na Livraria Cultura do Shopping Salvador, com a apresentação e mediação de Mário Kertész, com transmissão pela rádio Metrópole. O autor lançou a série Brado Retumbante, volumes 1 e 2. Fala sobre o período do regime militar no Brasil. Tive até a oportunidade de falar breves minutos sobre o desenvolvimento da minha dissertação. Meu Deus me ama!  
Entre 7 e 10 de novembro foram as eleições para o Colegiado Setorial de Bibliotecas (Governo do Estado da Bahia). Eu me candidatei e fui eleita por incríveis... dois votos. Nada de potássio, por favor, ou seja, kkkk. Foi um voto meu e o outro não sei de quem. Houve episódios semelhantes com outras categorias.  Na posse, dia 9 de dezembro,  minha filha foi comigo. O governador, já em seus últimos dias de mandato, estava presente.

Ao findar do ano, para surpresa de todos, menos do Todo Poderoso, Aquele que comigo, lado a lado, naquela cadeira que já citei, me inspirou e me ajudou para que minha dissertação chegasse ao fim.  Até a banca já estava escolhida. Enquanto muitos ainda nem começara a escrever eu já ia defender! Meu Amigo e, só Ele, poderia fazer isso por mim. Vai com Deus 2014! Beijos. Porque eu já virei essa página.

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