quinta-feira, 16 de julho de 2015

VOCÊ QUER SER FELIZ OU QUER TER RAZÃO?

De 1997 a meados de 2006, foram os anos que servi em Salvador, e deles não gosto de falar muito. Não foram bons. A não ser o privilégio que o Senhor me concedeu de fundar meu primeiro grupo como pioneira no bairro de Novo Horizonte, o resto, foram só tribulações. De tudo o que aprendi durante esse tempo foi que quando for inevitável que estejamos no mesmo raio de convivência com os que se deleitam em fazer o mal, devemos ter muito cuidado, pois a tentação de nos juntarmos a eles pode surgir a qualquer momento. Todavia aprendi também que podemos desenvolver resistência a esse fenômeno. É só ter muito, mas muito cuidado mesmo. Não devemos juntar-nos a eles com o falso pretexto de achá-los mais fortes e, portanto, difíceis de ser resistidos. Mas forte é o Senhor nosso Deus que pode nos livrar dessa terrível tentação. Juntar-se a eles, jamais!

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Pelas decepções que passei em Salvador pedi transferência para uma cidade da região metropolitana de Salvador. Lá tenho tido a oportunidade de conviver, aprender e desenvolver minha profissão ao lado de profissionais competentes e altruístas. Meu colega bibliotecário e minhas duas colegas bibliotecárias deram um novo impulso à minha carreira. Em 2010 conclui minha especialização, o que foi um caso a parte. Somos considerados exemplo de relações interpessoais no trabalho por todo o campus. Afirmo sem demagogia que o Senhor me colocou no lugar certo, no tempo certo e junto às pessoas certas. Minha vida profissional divide-se em antes e depois de tê-los conhecido e logo vocês vão saber o porque.

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Em 2005 minha irmã caçula faleceu e seus dois filhos vieram morar conosco. Foi mais que um recomeço de virada de página.  Pensei que já tinha saído do meu script percorrer as trilhas urbanas de levar e trazer menino na escola e seguir adolescentes para ver com quem andam ou aonde vão.  Às vezes brinco que eu vendi minha viola para não ouvir zoada, mas que Jesus mandou minha viola de volta. Ele sabe o que faz. Chamam isso de destino. No entanto eu prefiro pensar que esses inesperados acontecimentos concorrem para o que podemos chamar de lado mais prazeroso da vida, quando as ações imprevisíveis de nossa trajetória se impõem à revelia de nossos traçados e intenções. Mostram-nos que, quer queiramos ou não, quer aceitemos ou não, não somos donos dos tempos nem dessas trajetórias. Por movimentos que por vezes não entendemos todo o mapa milimetricamente traçado perde, como que de repente, o traçado de suas linhas que tanto tempo nos tomaram, para serem redesenhadas, independente de nossa vontade e, seguem, tortuosas ou retas, por caminhos nunca dantes caminhados ou por rotas muitas vezes já trilhadas. Esse vai e vem às vezes incomoda, embora saibamos que fazem parte do processo de virar a página. E é nessa hora, em que sempre nos é exigido o ato de tomar importantes decisões, que nos vem aquela  pergunta que insiste em não calar: Você quer ser feliz ou quer ter razão?   

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