VOCÊ
QUER SER FELIZ OU QUER TER RAZÃO?
De
1997 a meados de 2006, foram os anos que servi em Salvador, e deles não gosto
de falar muito. Não foram bons. A não ser o privilégio que o Senhor me concedeu
de fundar meu primeiro grupo como pioneira no bairro de Novo Horizonte, o resto,
foram só tribulações. De tudo o que aprendi durante esse tempo foi que quando
for inevitável que estejamos no mesmo raio de convivência com os que se
deleitam em fazer o mal, devemos ter muito cuidado, pois a tentação de nos
juntarmos a eles pode surgir a qualquer momento. Todavia aprendi também que
podemos desenvolver resistência a esse fenômeno. É só ter muito, mas muito
cuidado mesmo. Não devemos juntar-nos a eles com o falso pretexto de achá-los
mais fortes e, portanto, difíceis de ser resistidos. Mas forte é o Senhor nosso
Deus que pode nos livrar dessa terrível tentação. Juntar-se a eles, jamais!
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Pelas
decepções que passei em Salvador pedi transferência para uma cidade da região
metropolitana de Salvador. Lá tenho tido a oportunidade de conviver, aprender e
desenvolver minha profissão ao lado de profissionais competentes e altruístas.
Meu colega bibliotecário e minhas duas colegas bibliotecárias deram um novo
impulso à minha carreira. Em 2010 conclui minha especialização, o que foi um
caso a parte. Somos considerados exemplo de relações interpessoais no trabalho
por todo o campus. Afirmo sem demagogia que o Senhor me colocou no lugar certo,
no tempo certo e junto às pessoas certas. Minha vida profissional divide-se em
antes e depois de tê-los conhecido e logo vocês vão saber o porque.
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Em
2005 minha irmã caçula faleceu e seus dois filhos vieram morar conosco. Foi
mais que um recomeço de virada de página.
Pensei que já tinha saído do meu script percorrer as trilhas urbanas
de levar e trazer menino na escola e seguir adolescentes para ver com
quem andam ou aonde vão. Às vezes brinco
que eu vendi minha viola para não ouvir zoada, mas que Jesus mandou minha viola
de volta. Ele sabe o que faz. Chamam isso de destino. No entanto eu prefiro
pensar que esses inesperados acontecimentos concorrem para o que podemos chamar
de lado mais prazeroso da vida, quando as ações imprevisíveis de nossa
trajetória se impõem à revelia de nossos traçados e intenções. Mostram-nos que,
quer queiramos ou não, quer aceitemos ou não, não somos donos dos tempos nem
dessas trajetórias. Por movimentos que por vezes não entendemos todo o mapa
milimetricamente traçado perde, como que de repente, o traçado de suas linhas
que tanto tempo nos tomaram, para serem redesenhadas, independente de nossa
vontade e, seguem, tortuosas ou retas, por caminhos nunca dantes caminhados ou
por rotas muitas vezes já trilhadas. Esse vai e vem às vezes incomoda, embora
saibamos que fazem parte do processo de virar a página. E é nessa hora, em que
sempre nos é exigido o ato de tomar importantes decisões, que nos vem aquela pergunta que insiste em não calar: Você quer ser feliz ou quer ter razão?
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