29
de Junho de 2015
POR
CAMINHOS QUE DESCONHECEMOS
Algumas
coisas acontecem em nossas vidas sem que tenhamos poder para evitá-las, e
então enveredamos rumo ao futuro por caminhos que desconhecemos. Alguns meses
depois de estarmos trabalhando no CAS o professor de educação física mais
antigo do colégio veio a falecer e Paulo assumiu a coordenação de educação
física com um salário razoável.
Falando em salário razoável, não poderia deixar de contar como foi a negociação do meu primeiro salário no CAS. Quando os administradores viram o que estava registrado em minha carteira no último emprego em que eu estivera tomaram um susto e foram sinceros comigo. Afirmaram que não poderiam pagar um salário daqueles a uma bibliotecária. Que tinham outras “prioridades” profissionais para contratação. Cheguei a ouvir de um pedagogo que via meu “sobe e desce” incansável que eu nem me animasse muito porque, apesar de ele me achar muito inteligente eu não deveria desperdiçar tanto esforço em mostrar serviço porque com tal profissão eu não iria muito longe. Aquela velha história...
Com
muita paciência, conversa vai, conversa vem, consegui um meio termo que foi bom
para os dois lados. Nunca mais eu
ganharia na iniciativa privada o que ganhara em Itabuna. Mas não foi de todo
ruim. Só não gostava quando me chamavam de “marajá” nesse meu novo emprego. Eram
tempos em que os contracheques vinham abertos, então...
Puro preconceito contra uma profissão, que segundo alguns, não me ajudaria muito a virar páginas...

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