terça-feira, 16 de junho de 2015

ÉRAMOS CINCO
Quando Juninho adormeceu já fazia oito meses que eu estudava a Bíblia com uma amiga de minha mãe, professora Leda. Foi daí que tirei forças para prosseguir. A vida seguiu seu curso e eu consegui retomar a minha de onde alguns pensaram que ela havia parado.                                                                                                                              

Após um período de depressão reativa, normal depois de grandes perdas, minha vida, aos poucos, voltou a fluir intensamente como sempre foi a característica do meu viver. Assim tive mais dois filhos. Thiago nasceu em dois de agosto de 1983. Nove meses e três dias depois da morte de Juninho. Leandro a três de fevereiro de 1985. Não foi para substituir o que eu havia perdido. Essa atitude de ter um filho para substituir outro que se foi não existe porque ninguém ocupa o lugar de ninguém na vida de alguém. Cada um ocupa o seu próprio lugar no coração de quem o ama. Meu sonho era ter uma família estruturada. No mais eu sei que verei meu filho novamente quando Cristo vier em sua glória para nos resgatar. Nisto creio.
                                                                                                                          

Para encerrar esta fase difícil e dolorida gosto de me lembrar de uma frase que me foi dita no ato daquela perda. “Amiga, não se desespere pois existe coisa pior do que a morte”. Confesso que na hora eu não entendi e fiquei muito magoada com aquela tentativa de consolo. No entanto, os anos seguintes iriam me revelar que esta era a mais pura verdade!                                                                          


Naqueles dias, e por algum tempo, em nossa casa, seríamos cinco. E com minha nova formação familiar eu prossegui virando a página.




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